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Abicalçados diz que elevação de juros desestimula investimentos e demanda

Abicalçados diz que elevação de juros desestimula investimentos e demanda

.| Sortimento Indústria Calçadista |. A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) manifesta posição contrária à possibilidade de elevação da taxa básica de juros Selic nas próximas reuniões do Banco Central, que acontecem nos dias 17 e 18 de setembro.


Editorial : Vale lembrar que o bolsonarista, economista e presidente do Banco Central – BC, Roberto Campos Neto, teve amplo apoio de diversas entidades, associações e instituições em suas decisões no passado, que ajudaram a comprometer o orçamento das pessoas e prejudicou os investimentos das empresas através de uma política de juros altos, beneficiando exclusivamente o setor financeiro.

Aumentar a taxa de juros em momento que há consumo e investimentos além da desaceleração da inflação no Brasil parece mais uma decisão política de enfraquecer a economia e o país do que técnica. A atuação de Roberto Campos Neto no Banco Central é contra o país, inclusive com investimentos pessoais em paraísos financeiros. E pensar, que há ‘patriotas’ que defendem sua gestão.


Elevação da taxa de juros é contra o país

Conforme a entidade, a elevação da taxa básica de juros trará impactos à sustentação do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), fragilizando a possibilidade de crescimentos mais robustos ao desestimular investimentos e a demanda.

“O Brasil detém, atualmente, uma das maiores taxas reais de juros do mundo, associada a uma política monetária contracionista iniciada há mais de dois anos, motivada por um cenário internacional adverso e inflação crescente”, diz em nota. Com a taxa básica de juros, Selic, em 10,5% desde maio de 2024, a taxa real de juros situa-se em torno de 6,4%, patamar acima da taxa natural de juros – taxa de juros de equilíbrio – estimada pelo próprio Banco Central (4,75%).

“A elevação da taxa básica de juros trará impactos à sustentação do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), fragilizando a possibilidade de crescimentos mais robustos ao desestimular investimentos e a demanda que, puxada pela despesa de consumo das famílias, tem contribuído positivamente para o crescimento da economia brasileira ao longo de 2024”, continua.

A nota da entidade calçadista segue frisando que “o elevado patamar da taxa de juros tende a conter a demanda agregada, interrompendo o crescimento sustentado da atividade econômica no País e desestimulando os investimentos, sendo nocivo à competitividade da indústria nacional no contexto global”. Segundo a Abicalçados, no cenário internacional, há um movimento de redução da taxa básica de juros em diversos países.

Exterior : diminuição da taxa de juros – O Banco Central Europeu, por exemplo, em junho, reduziu em 0,25% a taxa básica de juros, passando-a para 3,75%. Ademais, com a desaceleração da inflação acumulada em 12 meses nos Estados Unidos, há perspectivas de que o Federal Reserve (FED) reduza a taxa de juros estadunidense na próxima semana. “Estes movimentos possibilitam cortes na Selic sem que haja redução do diferencial de juros do Brasil frente a estas economias”, diz a nota.

Ainda de acordo com a publicação, há indícios de desaceleração da inflação no Brasil, visto que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou, em agosto, a primeira deflação em 14 meses, registrando queda de 0,02% no nível geral de preços. “A Abicalçados reconhece que é necessária cautela na condução da política monetária do País. Contudo, em vista do cenário atual, não vislumbra a necessidade de elevação da taxa básica de juros e manifesta sua preocupação quanto à pressão para que ocorra um aumento da Selic na próxima reunião do Banco Central”, conclui a nota.

A indústria calçadista, juntamente com outros setores produtivos, necessita de um ambiente econômico estável e alinhado ao contexto internacional, favorável ao investimento, para contribuir com o desenvolvimento socioeconômico do Brasil, por meio da geração de emprego e renda.


Roberto Campos Neto - Presidente do Banco Central - sortimento.com.br
Roberto Campos Neto – Presidente do Banco Central – sortimento.com.br

Roberto Campos Neto : para controlar uma pseudo inflação futura, economista bolsonarista, destrói momento de consumo e investimento de empresas e famílias

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou as declarações recentes do presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, que associou os efeitos de reajustes de salário mínimo com a inflação.

Lula defendeu o trabalho do governo com a população mais pobre e afirmou que enquanto presidentes de empresas privatizadas ganham altos salários, o governo não poderia reajustar o piso salarial por riscos de impactos à inflação.

“Agora vem o Banco Central e fala que não pode aumentar o salário mínimo e que o pleno emprego pode causar inflação”, disse Lula, durante a inauguração do Complexo de Energias Boaventura, antigo Comperj.


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